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27 de out. de 2009

Henrique Alves apresenta relatório do pré-sal

Foto: Ivaldo Cavalcante/Agência Câmara
O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o deputado Arlindo Chinaglia
(PT-SP) durante apresentação do relatório do pré-sal, nesta terça-feira (27)

O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) propõe em seu relatório sobre o projeto que altera o marco regulatório para a exploração de petróleo na camada pré-sal menos recursos para os estados e municípios produtores.

O deputado apresentou o parecer sobre o projeto na noite desta terça-feira (27). Como houve pedido de vistas, a votação do relatório deve acontecer na próxima semana.

Pressionado pelo governo federal, Alves fez uma redução menor do que chegou a anunciar nos recursos destinados à União e aumentou a participação dos demais estados e municípios. Ele ainda acabou com a participação especial, mais uma vez beneficiando a União em detrimento dos estados.

O relatório entra na questão da partilha de recursos mesmo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter deixado o tema de fora a pedido dos governadores dos estados produtores, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Paulo Hartung (PMDB-ES) e José Serra (PSDB-SP).

Atualmente, o máximo de royalties que pode ser cobrado na produção de petróleo é 10%. Este valor é dividido com 40% para a União, 22,5% para estados produtores, 22,5% para municípios produtores, 7,5% para os municípios afetados pela produção e outros 7,5% para um fundo especial que redistribui os recursos entre todos os estados e municípios.

Existe ainda a participação especial, que é cobrada em campos de grande produção e pode chegar a 40% do total da produção. Os estados e municípios produtores recebem quase a metade destes recursos.

Em seu relatório, Henrique acaba com a participação especial. Isto beneficia a União porque no modelo de partilha a própria União ficará com uma parte da produção.

Se a participação fosse cobrada, a União teria que pagar esta espécie de tributo e acabaria repassando recursos para os estados e municípios produtores. “Estamos fazendo uma verdadeira revolução na divisão dos royalties”, disse o relator.

Alves amplia o máximo de royalties de 10% para 15% e faz uma nova divisão destes recursos.

Pela proposta, os estados produtores passariam a receber 18% do total de royalties. Os municípios produtores ficariam com 6%. Os municípios afetados pela produção ficariam com 2%. A União passaria a ter 30%, enquanto 44% seria dividido entre todos os estados e municípios com base no Fundo de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).

Outra mudança feita pelo relator diz respeito ao bônus de assinatura dos contratos para a exploração de petróleo no pré-sal. Atualmente, todo o bônus é da União.

Pelo relatório, a União ficaria com 90% e os outros 10% seriam distribuídos entre estados e municípios.

Fonte: G1 da Globo

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