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30 de jun. de 2009

José Agripino: "Não há meio termo. Sarney tem de se licenciar do cargo”

Foto: Divulgação
Sarney tem o apoio de Renan, mas perdeu o apoio de Agripino

José Sarney perdeu o apoio de um de seus mais importantes aliados. José Agripino Maia, líder do DEM, quer vê-lo longe da cadeira de presidente do Senado.

Passou a defender a tese de que Sarney precisa se licenciar do cargo até que sejam esclarecidas todas as denúncias que rondam sua gestão.

“Gosto muito do Sarney, mas gosto muito mais do meu partido”, disse Agripino ao blog na noite passada.

“A credibilidade do partido perante a opinião publica está em jogo. Para que as investigações tenham o respeito da sociedade é preciso que sejam isentas...”

“...E a isenção só será obtida na hora em que o presidente Sarney pedir licença. Não há meio termo. Ele tem de se licenciar do cargo”.

Nesta terça (30), Agripino vai expor sua posição à bancada de senadores do DEM. Deseja converter a opinião pessoal em decisão formal do partido.

Excluído o líder, a bancada ‘demo’ congrega 13 senadores. É a segunda maior do Senado. Junto com PMDB e PTB, constitui o miolo da base que escora Sarney.

Tomado individualmente, o reposicionamento de Agripino é péssimo para Sarney.

Referendado pela maioria dos senadores ‘demos’ será o mais duro golpe contra a presidência de Sarney desde a eleição, em fevereiro.

A perspectiva de reviravolta vinha sendo esboçada desde que se descobriu, na semana passada, que um neto de Sarney agencia empréstimos no Senado.

Num primeiro momento, Agripino cobrara explicações. Sarney redigiu uma carta. Enviou-a aos 80 senadores. Mas seu alvo principal era o DEM.

No texto, Sarney anota que empresa Sarcris, do neto José Adriano Cordeiro Sarney, começou a operar no Senado quando ele ainda não ocupava a presidência.

Escreve que tomou a iniciativa de pedir à Polícia Federal que investigue o caso. Lorota. Em verdade, a PF já havia guindado o neto à condição de investigado.

Para desassossego de Sarney, Agripino considerou a carta insuficiente. Daí a cobrança do pedido de licença. Coisa breve.

“Sarney prestará um serviço à instituição na hora em que se licenciar, com o compromisso de que as investigações aconteçam num prazo célere...”

“...É preciso que as coisas se esclareçam, numa investigação que envolva também o Senado, o Ministério Público e o TCU...”

“...Esclarecendo-se tudo, com a rapidez que o caso exige, vai ficar claro se ele pode ou não voltar ao cargo”.

Fonte: Blog do Josias de Souza

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