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29 de dez. de 2009

Contraste: Enquanto contrata shows por valores astronômicos, poder público se nega a ajudar pessoas e instituições que realizam trabalhos humanitários

Eu não vou entrar na polêmica do cachê cobrado pelo padre Fábio de Melo para se apresentar em Natal.

A imprensa já tem dado bastante cobertura ao assunto, mesmo recebendo censura de auxiliares da Prefeitura de Natal.

Quero destacar o seguinte: enquanto o poder público paga, vai pagar ou já pagou a quantia de R$ 221 mil por um show musical de um padre midiático, não dá a mínima para muitas pessoas e instituições – religiosas ou não – que desenvolvem trabalhos e ações em favor dos mais humildes, dos doentes e dos viciados.

Isso é revoltante.

Qualquer pessoa que trabalha com os mais carentes e necessitados ou qualquer instituição que desenvolva ações humanitárias encontram enormes dificuldades para conseguir uma ajudinha do Governo do Estado, das Prefeituras e do poder público em geral.

Mais quando é para fazer uma média com a população – como foi o show do padre Fábio – o poder público não titubeia e paga cachês altíssimos.

E o pior: sem nem procurar saber detalhes do contrato.

Ora, será que a prefeita Micarla de Souza não sabia do valor que a Prefeitura iria pagar ao padre Fábio?

É claro que sabia.

E sabendo do valor de R$ 221 mil não teve sequer a curiosidade de verificar junto a sua assessoria os detalhes do contrato, tendo em vista a quantia elevada para um show dessa natureza?

De duas, uma: ou Micarla não toma conhecimento do que a Prefeitura paga ou achou o valor do show barato demais.

A verdade é que enquanto a Prefeitura paga um cachê de R$ 221 mil por um show musical, se nega ou impõe mil dificuldades para ajudar pessoas e instituições que realizam atividades humanitárias.

É a treva.

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