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27 de jul. de 2009

Revista Veja: "Sem o PMDB não se governa. Com ele, abre-se a porteira para a corrupção e o clientelismo"

A revista Veja deste final de semana publica reportagem mostrando a trajetória do PMDB na política nacional desde os tempos da ditadura até os dias atuais.

A reportagem mostra que apesar de ser o maior partido do Brasil, o PMDB nunca governou o País e de um símbolo de resistência o partido se converteu ao fisiologismo.

“A voracidade do PMDB, símbolo da resistência democrática convertido ao fisiologismo, transformou-se num paradoxo político. Sem ele, não se governa. Com ele, abre-se a porteira para a corrupção e o clientelismo”, diz o trecho de abertura da reportagem da Veja.

E acrescenta: “O PMDB não tem um líder histórico ou um cacique incontrastável que dê rumo e aprove coligações. Sua estrutura é formada de células regionais e facções com ampla autonomia para tratar dos interesses mais imediatos de cada grupo”.

O PMDB tem nove governadores, seis ministros e a maior bancada do Congresso. Mas não tem uma liderança, alguém capaz de falar em nome do partido. A falta de referencial facilita à sigla compor-se com quem quer que seja.

"O PMDB é um partido com líderes inexpressivos. Alguém se lembra de algo relevante oriundo de Renan Calheiros ou de José Sarney?", questiona o historiador Marco Antonio Villa.

Durante a ditadura, o partido teve ícones, como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães. Hoje tem como farol figuras como Orestes Quércia e Jader Barbalho, que dirigem quadros rasteiros.

Segundo a Veja, o PMDB encarna o paroxismo do fisiologismo. “Há um limite na política real que é aceitável: o partido utilizar sua força para eleger grandes bancadas, pressionar o governo e conseguir cargos públicos. Isso poderia até explicar a onipresença do PMDB no poder. Mas o partido vai além do aceitável”, frisa a reportagem.

O cientista político Rubens Figueiredo diz o seguinte: "O PMDB usa essa força para promover a corrupção, o compadrio e o nepotismo. Isso resvala na marginalidade. O MDB foi a encarnação do bem no combate à ditadura. Ganhou um P e virou a encarnação do mal na democracia".

“Apesar disso, o partido é alvo de cobiça. Está no governo Lula assim como esteve em todos os governos nos últimos 24 anos. Se nenhuma turbulência ocorrer, já se prepara para participar do futuro governo a ser eleito em 2010. Por quê? Porque, pelas cinco características a ser expostas aqui, é quase impossível chegar ao Planalto sem o concurso do PMDB”, assinala a matéria da Veja.

Henrique Alves - Na reportagem, a Veja cita os principais líderes do PMDB, entre eles o deputado federal Henrique Alves.

A revista lembra o episódio em que Henrique deixou de ser o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra, em 2002.

Naquela ocasião, Henrique foi acusado de ter contas não declaradas no exterior.

A denúncia foi feita pela revista Isto É, mas nunca foi provada.

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