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30 de jan. de 2009

Na gestão de Garibaldi Senado gasta R$ 550 mil para instalar sinal de Rádio em Natal

A cidade de Natal é a primeira do País a ter o sinal da Rádio Senado. É o que informa reportagem publicada na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo.

O negócio custou aos cofres públicos R$ 550 mil.

O senador Garibaldi Filho, presidente do Senado, disse à Folha que a Rádio não lhe dá votos porque tem baixa audiência.

Confira a matéria:

De saída da presidência do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) conseguiu colocar em prática um antigo projeto da Casa de expansão da Rádio Senado pelo país. A primeira cidade contemplada é Natal - que vem a ser o principal colégio eleitoral do senador potiguar. O negócio custou R$ 550 mil em dinheiro público.

A maior parte do valor é referente ao aparelho de transmissão que capta o sinal via satélite da Rádio Senado e o retransmite para a região metropolitana de Natal. Com o prefixo 106,9 FM, essa rádio retransmite desde novembro a programação produzida em Brasília.

Garibaldi disse à Folha que, depois de assumir a presidência da Casa, solicitou a instalação de um retransmissor da TV Senado em Natal. "Mas, sobre a rádio, eu juro para você que eu não sabia. Muito menos que Natal era a primeira capital a ter transmissão", disse.

O presidente do Senado afirmou que a rádio não lhe traz votos porque tem baixa audiência. "E, apesar da boa programação, não é voltada para classes mais populares", disse.

O projeto de expansão da rádio e da TV Senado foi aprovado pela Mesa em 2004, quando a Casa era presidida por José Sarney (PMDB-AP). Na época, foi constituída uma comissão formada por 11 servidores do Senado. Eles foram responsáveis por viabilizar a instalação de transmissores em todas as capitais do país.

Até então, só o projeto da TV havia conseguido sair do papel. Atualmente, há canais da TV Senado em nove capitais.

No caso da expansão da rádio, o atual ministro das Comunicações, Hélio Costa, senador licenciado pelo PMDB-MG, teve papel fundamental. Foi ele quem ajudou a conseguir a maioria das 23 concessões de rádios já disponíveis para o projeto. Ficaram de fora São Paulo e Belo Horizonte.

Em princípio, o transmissor usado em Natal deveria ser instalado no Rio, que tem 6 milhões de habitantes, contra 798 mil da capital potiguar. Isso não ocorreu devido a desentendimentos com a TV Brasil.

O secretário de Comunicação do Senado, Helival Rios, disse que Natal foi escolhida por "razões técnicas" e graças a uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que permitiu a redução dos custos de manutenção. Segundo ele, quem decidiu instalar o transmissor em Natal foi a comissão de servidores.

Rios disse ainda que, além de Natal, só Salvador tinha condições de abrigar o transmissor: "Mas o local estava em obras". O secretário afirmou que o presidente do Senado não pediu para Natal ganhar uma rádio.

A Folha apurou que houve gestões para beneficiar a capital potiguar. A reportagem também obteve a informação de que pelo menos 2 dos 11 integrantes da comissão responsável pelo projeto de expansão da rádio eram contra a ideia.

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